Em condomínios, a rotina de manutenção nem sempre é prioridade. Muitas vezes, só se pensa em reparos quando o problema já está visível — ou pior, causando prejuízos. No entanto, a ausência de uma política clara de manutenção preventiva pode afetar diretamente a valorização dos imóveis, afastar compradores e até comprometer a segurança dos moradores.
Fachadas manchadas, elevadores barulhentos, portões enferrujados, calçadas quebradas... esses são sinais claros de falta de cuidado que, aos olhos de um comprador ou avaliador, reduzem imediatamente o valor percebido do imóvel. Pequenas falhas acumuladas constroem uma imagem negativa do condomínio como um todo.
O conceito de "curb appeal", muito usado no mercado imobiliário, mostra que a primeira impressão visual é decisiva na percepção de valor. Um condomínio bem conservado transmite organização, segurança e qualidade de vida — fatores que influenciam diretamente o desejo de compra ou locação.
Quando a manutenção é deixada para depois, os problemas se agravam e os custos aumentam. Uma infiltração ignorada vira uma troca de telhado. Um vazamento pequeno vira uma obra hidráulica. Esses gastos comprometem o caixa do condomínio e podem gerar aumento na taxa condominial, o que também espanta interessados.
Mesmo que um apartamento esteja impecável, ele é parte de um todo. A desvalorização de áreas comuns impacta diretamente todos os imóveis do prédio. Um condomínio com péssima reputação ou aparência decadente entra no radar de menos compradores — e os que aparecem, oferecem menos.
A boa notícia? A manutenção preventiva não precisa ser cara — ela precisa ser planejada. Um cronograma técnico, elaborado com acompanhamento profissional, garante intervenções no tempo certo e evita surpresas desagradáveis.
Condomínios que adotam uma postura preventiva mantêm sua estrutura conservada, seu caixa sob controle e seus imóveis valorizados. Além disso, essa prática reduz conflitos internos, melhora a convivência e atrai novos moradores ou investidores.
A falta de manutenção preventiva não afeta só a estética ou a funcionalidade — ela atinge o bolso de todos os condôminos, direta ou indiretamente. Investir em uma gestão profissional e planejada é garantir a valorização do patrimônio e a tranquilidade de todos.
IBAPE-SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia
CRECI-SP – Conselho Regional de Corretores de Imóveis
Sindiconet – Portal de conteúdo especializado em gestão condominial
Secovi-SP – Sindicato da Habitação
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